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Ao longo de mais de 25 anos trabalhando na área da educação, e há alguns tantos na área da saúde, atuando tanto em instituições de ensino quanto em projetos sociais em comunidades de periferia, e em grupos terapêuticos, quase sempre tenho me deparado com questões que se repetem:

  • Crianças com alto potencial que não encontram formas de desenvolvê-lo;
  • Mães sofridas que, devido a várias contingências da vida, não tem energia para fazer com que o seu amor chegue até seus filhos;
  • Lares desfeitos por situações diversas, gerando e reproduzindo traumas no sistema familiar;
  • Filhos que adoecem ou desenvolvem algum tipo de desvio de conduta ou problema comportamental por sentirem-se perdidos e culpados pela infelicidade dos pais.

Também tive a oportunidade, durante um período da minha vida como educadora e terapeuta, de ter um grupo de autoconhecimento com jovens do ensino fundamental. Este grupo funcionou durante quatro anos e uma das coisas que mais me chamou a atenção nestes jovens foi que, na sua grande maioria, eles se sentem culpados pelas brigas e desentendimentos dos pais. Lembro-me de um menino que, na época, contava com 13 anos e estava desenvolvendo uma doença degenerativa, cuja mãe era alcoólatra e o pai ele não conhecia. Numa de nossas vivências, desabafou, quando lhe perguntei se ele queria ficar bom: “Mas se eu não estiver doente, como é que a minha mãe vai saber que eu a amo?”

Este tocante desabafo, aliado a tantos outros recebidos nestes anos de prática, em que venho trabalhando com constelações familiares e outros recursos trazidos pela abordagem sistêmico fenomenológica desenvolvida pelo terapeuta e educador alemão Bert Hellinger, fizeram nascer em mim o desejo de desenvolver um grupo de estudos teóricos e práticos que olhe de forma profunda e amorosa para estas questões.

Buscando também subsídios na neuropsicopedagogia e a na arte-terapia para o meu trabalho, apoiando-me em autores com Franz Ruppert e Mariane Franke-Gricksch, venho desenvolvendo maneiras de trabalhar questões relativas à traumas, principalmente aqueles causados por simbiose (relação de dependência).

No nossos grupos de estudos dirigidos, procuro transmitir, de forma teórica e prática, através de exercícios sistêmicos e constelações familiares, as coisas que venho descobrindo, buscando auxiliar pais, professores, profissionais da saúde e assistência social e todas aquelas pessoas que tem interesse em se desvencilhar de coisas que lhe atrapalham a vida e contra as quais lutam, muitas vezes, há muitos anos.